quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Saudades

Acho que foi das coisas mais treinadas por aqui nos últimos tempos. Tive saudades de todos, saudades de cidades e saudades até de mim. Mas confesso que teve e tem uma que não vejo a hora de matar.

Saudades do meu pontinho de luz mais lindo, da minha gotinha da felicidade - que sim, influenciou muito o nome desse blog - da menininha fofa que eu tanto amo. Saudades da Gabinha.

Não quero mais falar por msn, nem email nem nada. Vontade de encontrar e só. Abraçar, apertar, esmagar e lembrar o quanto é bom te ter por perto.

Chega logo, porque já cansei de brincar de ficar longe, incompleta e sem você!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

E aí, tudo bem?

Não bastassem todos os paulistanos entre 22 e 40 anos respondendo compulsivamente que estão "na correria, mas tá tudo bem", chega o final de ano para tornar o sofrimento ainda maior.

Agora não é só a correria, é a correria de final de ano. O que é isso? Só hoje ouvi de 4 pessoas. Por tabela, fiquei cansada!

O final de ano está aí e NADA mudou. Ok, uns presentes de natal a mais e talvez uns amigos secretos aqui e outros acolá que, convenhamos, podem ser evitados. E comprar presentes deveria ser uma dedicação prazerosa. Mas, do jeito que a coisa está, dá até medo de receber de certas pessoas só de imaginar a carga negativa e todo o sofrimento que adiquirir a lembrancinhajáqueécrise causou.

Meu deus. Que bode! Vamos parar de reclamar?

Se está corrido, não participe de amigos secretos que você vai pra odiar, falte no aniversário do amigo que você não gosta muito mas tem que ir, evite a cerveja a mais que vai te dar ressaca amanhã e não perca seu tempo falando o que não deve. Feliz fim de ano =)

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Sem idéia, mas com vontade de escrever.

Vontade de retribuir uma das maiores demonstrações de amor e carinho que já recebi. Uma sensibilidade ímpar e inspirada aliada à facilidade com as palavras. Emocionante.

Vontade de tentar explicar tudo que passei, tudo que passou e o que anda acontecendo. O medo do desconhecido e a rotina que incomoda e cansa aliados à espera(nça). Demorado.

Falar do dono sem postura, do trabalho que não realiza - nada e à mim, da volta aos jantares, da festa de hoje a noite, da viagem de amanhã.

Falar da vida que, aos poucos, volta a ser minha e volta a ser linda.

Vontade de tudo isso, tempo sobrando e nada saindo.

É mole? Ou quer mais?! =D

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

O tal ano da mudança

Quando, lá em janeiro, revistas, horóscopos baratos, amigos e amigas blasfemavam que esse era o ano do rato, o ano da mudança, confesso que me irritava.

Expectativa demais gera frustração demais e depositar todas as angústias do ano anterior no que está por vir só porque algum chinês há muito tempo atrás inventou um horóscopo que hoje dita a ordem do dia, me parece coisa de quem muito diz e nada faz.

E aí que já estamos em novembro, quase mais pra lá do que pra cá, e já dá pra começar a pensar no balanço do ano. E não é que tudo mudou mesmo? E não digo só por mim. Quando paro, penso e observo, está tudo diferente: pra mim, pra vocês e pra eles.

O chinês, as revistas, os amigos e as amigas estavam certos. Mas acho que só esqueceram mais umas velhas e sábias máximas da vida: mudar é difícil e pra mudar, crescer, evoluir tem que sofrer.

Mas como quem espera sempre alcança, que venha 2009, o ano do boi. O ano da disciplina, do reconhecimento e da colheita da plantação de outrora.

Confesso que prefiro. E, parando pra pensar, não é de hoje que boi é mais legal que rato.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Em casa.

Cheguei. Pela primeira vez ligo meu laptop. Estou em casa. 18 dias depois de chegar. Parece mentira, mas o ditado quem tem dois não tem nehum não poderia ser mais certo.

Tudo que pensei que seria, foi ao contrário. Nada fácil ou tranquilo, nada calmo, nada normal. Pelo menos, a única coisa que acertei foi a mais importante. E apesar de todos os pesares, tem sido legal. Muito. E dessa vez agradeço aos daqui, que com toda a paciência do mundo me ajudaram e ainda me esperam.

Ainda sem muito pra dizer, relembrando o que é acordar às 7h30, pão de queijo no carro, chegar às 9h, reunião às 10h, unha no almoço, jantar com pais, cerveja com amigos, 3 filmes imperdíveis em cartaz, 4 peças de teatro atraentes, shows interessantes e tá caro, hein?!

Só pra dizer que a mudança está praticamente feita, a conexão wi-fi já funciona, a decoração ainda falta e a cabeça está quase boa. E que estou com saudades. Daí e daqui.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Obrigadinha.

(bobo e piegas, mas de coração hehe)

Pensei em escrever sobre a sensação dos últimos dias, sobre tudo que passou na mente e no coração, sobre o ano em que vivi uma vida 100% minha e sobre a alegria misturada com estranheza de voltar a dividí-la com as pessoas que tanto amo. Pensei em nem escrever nada, porque sabia que não sairia bom - está tudo confuso por aqui ainda. Mas achei melhor escrever para agradecer.

Agradecer ao país, à cidade e, principalmente,às pessoas que me acolheram tão bem e me deram um dos melhors anos da minha vida. Vivi e fui feliz por completo e devo isso aos grandes amigos que fiz! Confesso que não imaginei que faria amigos de verdade a essa altura e julgava até não ser mais necessário. Que engano.

Com o coração ainda apertado, obrigadinha por todos os Bairros, Lux, risadas, cervejas, jantares, festivais, verão, conversas, visitas, presente!!, atenção, carinho e amor que vcs me deram. Foi um prazer e uma honra conhecê-los.

Resumindo: insano, animal e surreal =D Percebes?

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Sticky & Sweet Hard Candy

Sticky: sim, músicas chiclete.
Sweet Candy: sim, ela é linda.
Hard: sim, é preciso paciência.

Então tá, Madonna. Quando eu tinha 10 anos ela foi ao Brasil. Chorei, grite, esperniei, não fui. Não é pra você, filhota, vamos no do Micheal Jackson (ironias do destino, há!). Um pouco mais tarde descobri que o show em questão era o Erotica. Entendi minha ausência alí, mas fiquei com a pulga.

Não sou super fã, não escuto Madonna com frequência, não pegaria fila de mais de 2 horas para vê-la. Mas tenho aquela adoração de menina, acho ela o máximo e queria muito ir num show. E fui. Domingo passado, com mais 75 mil pessoas.

Minhas expectativas eram super estrutura e ótima produção x músicas não tão boas, Madonna meio cansada (diziam as más línguas). Foi tudo ao contrário.

O palco tinha 45cm de altura. É, Madonna está numa fase carência. Decidiu que, nessa turnê, ela queria sentir o calor do público e por isso tal palco. Eu li, se é verdade ou não, vai saber. Mas quem deixou ser assim, errou. O palco é afundado, impossível de ver. Isso porque o local do show é fantástico e famoso por sua geografia íngreme favorável. Enfim, passados 30 minutos do início eu ainda não havia visto a Madonna. Para completar o pacote, os telões eram precários e voavam com o vento. Trágico.

Anda pra cima, pra baixo, pro lado, sobe, sobe, sobe. Achei meu lugar. Já separada dos amigos comecei a assistir. E que surpresa. Set list envolvente, dançante, equilibrado e a Madonna que eu sempre imaginei. Se aquilo é cansaço e velhice, sei lá eu o que é vigor e preparo. E uma produção de palco inacreditável, mas totalmente ofuscada pela distância. Em um DVD, com certeza, é muito melhor. Numa comparação rápida e pobre, mas só pra ilustrar, posso dizer que Chemical Brothers aprenderam melhor que ela a impactar 70 mil com luz, imagens e efeitos. Com a Madonna era assim: se concentrar e prestar atenção no palco ou curtir e se deixar levar pela música. Pelo menos, tanto um quanto outro valiam a pena!

O resultado? Uma noite dançante, 24h de músicas da Madonna na cabeça e corpo se mexendo involuntariamente no ritmo e a conclusão de que, dessa vez, o show é pra ela e não para o público. Tanto que foi embora sem agradecer, sem aplausos e sem ninguém perceber. Game Over.

sábado, 13 de setembro de 2008

Plurais

Faz uma semana que virei motivo de gozação nacional e, considerando o país que vivo, pode ser preocupante. Por isso, divido com vocês minhas questões pra ver se alguém me ajuda. Tudo referente ao mesmo ponto, plurais. Vamos lá:

Quero comer aspargo ou quero comer aspargos?
Vocês têm saudades ou saudade?
Lixam o pé com pedra-pome ou pedra-pomes?

A dúvida é se estou com síndrome do Mussum ou se meu amigos têm dor na costa e não nas costas!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A tal da moda.

Juro que consigo imaginar a felicidade do gel e das cores fluorescentes de uns tempos pra cá. Eles, que tanto foram taxados de bregas, péssimos e símbolos daqueles anos tão cafonas, tiveram uma volta triunfal. Mais uma vez, o refrão "levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima" mostra toda sua veracidade. A moda é anos 80, minha gente. E a felicidade geral é do mousse, da cintura alta e da polaina!

Mudando a esfera mas não o assunto, temos também o tomate seco, coitado! Terapia é pouco pra se recuperar do trauma. Imaginem: você é a sensação por anos...na pizza, na salada, na entrada, no salgado, só dá você! Todos te amam e nem se lembram como viviam antes do seu aparecimento. Aí que, num golpe de sorte, o alho-poró vem e rouba toda sua clientela. Quiche de tomate seco? Nem pensar!! Tem de alho-poró? Fora o quanto de dinheiro que os produtores, enlatadores e revendedores devem ter perdido em estoques e mais estoques dessa iguaria tão demodê.

Na mesma linha, temos a soja e a kinua-real. Da miséria ao topo em tempo recorde. Às vezes me pergunto: o que veio antes? A soja ou o vegetariano? E a soja que se cuide, por que do jeito que a coisa anda, logo logo a kinua já disparou na sua frente. E no meio de tudo isso, aposto que até o alho-poró já começou a se preocupar. Vai que a endívia pega, né?

Com toda essa complexidade de vai e vens modísticos, fica difícil acompanhar. Saber se oncinha pode ou se petit poa cai melhor com o Ray-Ban do Bob Dylan (vermelho ou preto?) já dá trabalho. Escolher um prato no restaurante quando há atum com gergelim e risoto de endívia com lichía no cardápio, então, nem se fala. E não vamos nem lembrar das caipirinhas, saquerinhas, caipiroscas. Limão, lima e maracujá não bastavam? Pra que uva verde com pimenta-rosa? Só pra confundir?

Outro dia, no mercado, encontrei uma amiga na fila do caixa. Ela com Chá-verde e Citrinos e eu com Ice-tea de pêssego. Nunca me senti tão last-week.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Bicicletas, traumas e amigos

Mais uma vez confundindo blog com diário, vamos ao relato do domingo. Foi tão bom que quero contar =)

Antes, o contexto. Sempre fui um horror na arte da bicicleta. As minhas 2 memórias de infância com tal veículo são: acidente no Ibirapuera e meu pai ouvindo que era um irresponsável por me deixar andar no meio do público e eu entrando com a Ceci rosa na coluna e amassando a cestinha. E, na adolescência: meu irmão por 2 meses tentando me convencer a andar de bicileta pela cidade, eu explicando a minha dificuldade e negando o convite, o tira-teima no ibirapuera e a conclusão: fe, vc não sabe andar de bike, é isso.

Claro, nunca mais andei. E aí que no sábado surgiu o convite pro passeio no domingo. 14km de bike. Ir até uma praia linda e voltar. Estrada à beira mar e ciclovia. Desafio e medo. Mas tanto a praia como a estrada são xodós e achei que valia a pena. Topei.

Acordei domingo numa ressaca feia, mas totalmente disposta a driblá-la. As companhias eram as mais agradéveis, uma super amiga recém (re)descoberta e um casal em plena lua-de-mel moderna. Lá fomos nós.

Bicicletas alugadas, todos prontos, está dada a largada. Em um minuto todos à vontade e felizes. Eu bem, mas nervosa e tensa. Me isolei do grupo e decidi que ficaria por último e concentrada. Aí começaram as provas de fogo: eu na ciclovia pelo lado direito e uma outra bicicleta, pessoa ou patins vindo no sentido oposto. Caí. Caí com a primeira, a segunda, a terceira e a quarta pessoa que cruzou meu caminho. Mãos suadas e tremendo. E a bicicleta nao andava em linha reta por nada! Pensei em desistir, falei pro "grupo", fui ignorada. Teste final: uma pessoa de cada lado. Medo, concentração, passei!

E daí pra frente foi tudo uma crescente. Fiz mountain bike, andei na estrada com carros ao lado, ultrapassagens e até arrsiquei uma mão só - sem sucesso hehe

A sensação de fazer algo que não se faz há 10 anos e perceber que não só lembra como está ainda melhor na prática me fez um bem que vocês não imaginam. Pode parecer bobo, mas voltei do passeio refeita, renovada e muito feliz. Pela quebra da barreira, pelo mar com pôr-do-sol que nos acompanhou e pelos amigos que há um ano não existiam e que, naquele momento, foram a companhia ideal.

É bom perceber que as coisas mudam e, que por aqui, têm sido pra melhor!

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Eu e as plantas.

Tudo começou quando dei uma pimenteira linda, grande e forte de presente pra (casa) do meu namorado. Há uns 2 anos. Na época, carregada de pimentas brancas que ficaram vermelhas e viraram molho. Após dar cria, os sinais de fraqueza. O que era grande, lindo e forte passou a ser fraco, sem folhas e com cara de triste. E eu já estava apaixonada.

Dei meu máximo. Carinho, atenção, pesquisas na internet, dicas de jardineiros. Tudo para vê-la feliz novamente. Até que, um belo dia, podei. Com a poda, veio a derrocada final. Um ano sem folhas, galhos secos, mas uma vontade de viver que vinha não sei da onde. Até pra viagem de Ano Novo ela foi. Enfim, continua em recuperação e dizem por aí que logo logo volta a dar frutos.
Mal sabe ela que eu estou voltando, perigo a vista =D

Se a recuperação da Plantinha foi difícil, não pensem que a minha foi fácil. A culpa de ter induzido ao coma a responsável pela descoberta do meu amor à espécie vegetal me acompanhou por um longo período e ainda me assombra. Para ser mais exata, só deixou de ser fardo e passou a ser sombra quando comprei a Plantinha dois.

Cenário totalmente diferente. Primeira casa e primeira planta.
Linda, linda, linda. Um Ficus bebê.
Cuidei dela com todo o afinco. Era a minha chance de redenção. Doenças, remédios, fraquezas. E eu sempre contornando as dificuldades com louvor. Sim sim, eu estava a caminho da redenção plena e absoluta.

E foi aí que tudou mudou. Quando ela já era consolidada como linda, forte e feliz e a minha maior preocupação era pensar na hora do adeus, decidir o seu futuro e sofrer por antecipação por saber que ela seria portuguesa e eu voltaria a ser brasileira, o sumiço.

Sim! Ela sumiu. Acabou com a possibilidade da dor, me forçou a começar a treinar o desapego e de um jeito ou de outro, aliviou meu coração - uma despedi da a menos pra depois.

Tarde bonita. Ela na janela tomando seu banho de sol. Vou à cozinha e quando volto.. cadê?
Pânico, desespero. Olho lá pra baixo, nada!
Desço. Converso com um, com outro. Ninguém viu, ninguém ouviu. Sumiu.

Restaram eu, o vaso vazio e a estranha sensação de dever cumprido misturado com falhei de novo.

Tenho mais 3 aqui em casa. Lindas, fortes e saudáveis. Com pedigree e vacinadas.
Mas, antes que eu volte a atacar e venha o fardo, alguém adota?

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Fazer o que né?

Tem dia que a vontade entra de férias, o ânimo dorme e a ânsia de viver descansa. E é nesse dia que a preguiça vem, a cabeça roda, corre, anda e não sai do lugar e o bocejo é contínuo e repetitivo.
Pode ser quebrante, sabia?
Mas também pode ser tristeza sem nome, coisas de menina mimada ou saudades.

Falando em tristeza sem nome, outro dia me disseram que nostalgia sem nome + sonhos de queda em escadas/buracos escuros e sem fim + sonhos onde voamos siginifica que somos Et's.
Pode ser loucura, sabia?
Mas também pode ser ufologia, palestra ou tendência.

Desviei do foco. Do dia que a calmaria invade, o cérebro paralisa e o coração dança, sonha e pesa.
Pode ser ansiedade, sabia?
Mas também pode ser ressaca, cansaço ou nada além de bode.

E ainda bem que tudo que vem, vai e que esse dia foi ontem.

domingo, 24 de agosto de 2008

Dá pra ser mais fácil.

Podia contar das últimas semanas, dos festivais e toda a sua sujeira, dos shows excelentes ou das praias descobertas, mas isso fica pra depois. Falarei de pessoas. Na tentativa de melhorar o engasgo e parar de pensar nisso.

Com certeza, de tudo que aconteceu ultimamente, uma das principais mudanças foi o aumento do número de pessoas que convivo. Novos grandes amigos, novos colegas, novos amigos de uma noite, de uma carona, de um jantar. E nessas, de um jeito ou de outro, cheguei a algumas conclusões. Vamos a uma.

Sabe gente que você não consegue conversar? Que aí parece chata? Sem assunto? Pois é, concluí que em vários casos é tudo a mesma coisa e que o ponto chave da questão é um(?) só: querer ter sempre razão, olhar pro próprio umbigo e achar ele o mais bonito da roda, dar a última palavra. E quem sabe, com sorte, ainda cavar uma discussãozinha pra ganhar no final.

Se não ficou claro, ilustro com um diálogo verídico:

Ela: Nossa, esse ano foi duro pra mim porque comecei a trabalhar e até então era só estudante.
Eu (dando continuidade à conversa): poxa, nem me fala.. a transição é complicada mesmo.. horários, outro tipo de responsabilidade, passar a viver de salário.
Ela (se revelando uma indecisa): Mas sabia que pra mim nem foi difícil? Porque meu último ano de faculdade já era quase trabalho e blablabla.

Pera, pera, pera. Pára tudo. Você diz que foi duro, eu concordo e você diz que foi fácil? A brincadeira é fazer que eu pense que eu sou louca porque eu concordo com você e depois você discorda de você? Aí sou eu que fico confusa e sem assunto? Afinal, pensem comigo: a partir de agora, ou eu concordo com você e discordo de mim (lembrem-se, eu acabei de falar o contrário) ou a gente briga né? Porque eu vou falar que você acabou de dizer o contrário e você já vai retrucar, aumentando a voz, que eu quero discutir. Ponto pra você, ganhou de novo!

Sério, minha paciência pra esse tipo de não-diálogo, não-conversa, sim-monólogo está no final. Porque é claro que quem discorda de si próprio é o mesmo que fala por horas sobre a reforma da piscina da sua casa. Afinal, seu umbigo é mais bonito que o meu e é óbvio que me interessa saber disso.

Juro, gente, dá pra ser mais fácil.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Devo e não nego, pago quando puder.

Blog desatualizado é péssimo e irritante. Internet é sinônimo de atualização e atualidade e aí, quando remamos contra essa realidade, saímos da linha e perdemos o foco. Foi mais ou menos o que aconteceu por aqui.

O motivo é simples. Sacam "dar um passo maior que a perna"? Pois é. Resolvi fazer tudo e mais um pouco em menos de um mês e faltou tempo, ânimo e vontade de escrever. O pouco tempo em frente ao computador resumiu-se a conversas pelo msn com os que fazem muita falta, emails e notícias. Resultado, um blog desatualizado (que é péssimo e irritante).

Mas estou na reta final do desgaste e em poucos dias estou de volta. Talvez um pouco ácida, com certeza muito cansada e sem dúvida alguma mais realizada.

Enfim, é isso. Texto nada elaborado, com sabor de prestação de contas e disfarçado de desculpas =D

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Preparada!?!

E aí que um dia a gente acorda e tudo mudou. A impressão é que viraram a chavinha sem te avisar. Tudo que você esperava e achava que ia acontecer e sentir, de repente, já virou realidade.

Até então, eu imaginava que ia ser assim. Agora já sei que é e parece certo que assim será. E o assim do momento é a repetição do assim de um tempo atrás. O assim da partida, da chegada, da despedida e do reencontro. Igual, mas completamente diferente. Voltar pro conhecido é bem diferente do que partir pro novo. E mais diferente ainda é começar a pensar que o conhecido será novo e que o que era novo agora é rotina. Em tão pouco(?) tempo.

A confiança, a euforia, a felicidade e a vontade de seguir com a vida do lado de lá versus a dor de perder o que se vive do lado de cá. Mas até aí, nada de novo. Que quem escolhe A sempre perde B, aprendi há tempos.

Um bando de idéias jogadas e confusas. Algumas com fundamento e outras nem tanto. Sem crise e sem perder muito tempo com isso. Afinal, tá sobrando vida, praia e festival aqui fora. É só pra dizer que é assim que eu me sinto desde ontem a noite quando, sem querer, alguém virou minha chave e deu a partida. Na verdade, acho que ainda nem sinto, só comecei a pensar mesmo. E deu vontade de contar =)

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Oi, tudo bem? Tudo Optimus! Ou melhor, Sines.

Quando digo por aqui que em São Paulo não existem festivais como em Portugal, o espanto é geral. De início alguns duvidam, me olham ressabiados e, após uns 15 minutos de conversas, explicações e exemplos, entendem que sim, Portugal apavora São Paulo e o Brasil nesse quesito.

Bom, por coincidências da vida, sorte do destino e a benção que me acompanha ultimamente, vou poder me dedicar aos mesmos. Serão 4 quase seguidos. E já comecei. A programação será intensa, a saúde perfeita no final não está garantida e a empolgação continua enorme.

O primeiro de todos foi o Optimus Alive. Festival de 3 dias aqui em Lisboa mesmo, com idas e vindas tranquilas de trem ou táxi e shows, ou como dizem por aqui, concertos incríveis. Devido à ajuda do Dani que entende mil vezes mais de música do que eu, tive o privilégio de ver algumas apresentações que ficarão guardadas pra sempre e que entraram pra lista dos top mundo! Roisin Murphy e Gossip mudaram alguma coisa dentro de mim e me fizeram dançar e pular como nunca tinha feito na vida. Gogol Bordello me deu vontade de rever num concerto menor, MGMT e Peaches foram ótimas surpresas e por aí vai...

Passado o Optimus, que foi há uns 15 dias, o próximo da lista era o Festival de Músicas do Mundo de Sines. Foi de lá que cheguei ontem esgotada fisicamente, mas totalmente renovada. O festival dura uma semana e ocorre em mais de um local, mas aqui vou falar só do que vi: os dois últimos dias em Sines!

Fui pra lá na sexta a noite, sem fazer idéia do que me aguardava. Só sabia que era pra ouvir música diferente e de qualidade, que não havia parque de campismo nem hotel e nem pousada e que, o colchão inflável que acabara de comprar, já seria suficiente para eu ser feliz e dormir. Um tanto estranho e muito roots para mim, mas vamos que vamos.

Chegamos, estacionamos o carro e fomos pro festival. Tudo ocorre em 2 lugares: o Castelo e a Av. da Praia. O castelo é medieval e murado e os concertos acontecem ao ar livre dentro das muralhas. Lindo! Quando acabam os concertos do castelo, por volta das 2h, todos descem em direção à praia por uma ladeira que tem um visual incrível da baía iluminada e da avenida já cheia de espectadores para as próximas atrações da noite. E lá ocorrem mais 2 ou 3 shows gratuitos até as 4h/5h da manhã.

E assim foi a noite de sexta que se repetiu no sábado. Durante o dia, praia, praia e mais praia. Com direito a água quente em uma delas devido à uma turbina que provoca o tal aquecimento. Para quem tem palpitaçao no coração a cada mergulho nos últimos meses devido ao grau 0 de temperatura, foi quase uma ida ao Caribe!

O ambiente é hippie e civilizado.Tá com sono? Acha uma sombra, deita e dorme. A energia do lugar especial e a experiência foi fenomenal. De tudo que vi, alguns nomes que marcaram e que valem a pena conferir: Rokia Traore, Firewater, Nortec Collective, Doran - Stucky - Studer - Tacuma (coletivo, mas vale a pena ver o trabalho de cada um), Jean-Paul Bourelly meets Melvin Gibbs & Will Calhoun (o comentário sobre o coletivo anterior vale aqui também) e Boom Pam.

E termino dizendo
- que pensei em certas pessoas compulsivamente pois estas estariam amando aquilo tudo como eu,
- que o público português é fantástico para concertos,
- que não poderia ter tido melhores companhias,
- que a moda é misturar música cigana com circo e que isso vira marchina de carnaval
- que continuo cansada =D

E que faria tudo novo! Mesmo sem casa, comida e roupa lavada =D

domingo, 20 de julho de 2008

E volta tudo ao começo.

Há um tempo que tenho reparado que caí num ciclo - ou que a vida é um ciclo, ou que a minha vida ESTÁ um ciclo. E o ciclo é bem básico e talvez nada inovador, mas é verdade que só agora reparei. Entrei numa coisa altos e baixos doida, onde o bom é o máximo, o ruim é o pior e o médio é bem escasso. E eles vem sempre na mesma ordem. Bom, bom,bom, bom, boooooom, ruim, ruim, ruim, ruim. Médio. E volta tudo ao começo. Estou começando a cansar.

Até ontem a noite achava bom, de madrugada ficou médio e acordei um pouco ruim. Com saudades do tempo que bom era todo dia, ruim e máximo eram às vezes, e médio era o resto do tempo. Saudades de entender o ontem e o hoje e projetar o futuro. Saudades de saber quem eu sou, quem é você e o que mesmo estamos fazendo aqui?

É nessas horas que lembro que a mesma indagação foi feita, pela primeira vez, numa noite em Guarapari, aos 6 anos, chorando após participar de uma roda de conversa de "amigos" de 14 anos. E volta tudo ao começo.

A sensação é boa, parece que entendi que pular de pára-quedas é o máximo, mas caminhar na praia é mais gostoso =D

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Da série "te juro que é verdade"

Na sala de aula
Ela: Acabei meu namoro.
Eu: Ah é, por quê?
Ela: Ele me mandou um scrap falando "queria ir ao cinema com tigo" - separado! Foi a gota d'água. Sério.


Na rua, um italiano chato aborda eu e uma amiga
Ele, em italiano: São da onde?
Amiga, em português: da Turquia.
Ele, em italiano: Nossa, que legal. Qual cidade?
Amiga, em português: Istambúl.
Ele, em italiano para mim: E você não fala por quê?
Eu, em português: Porque só falo turco, não falo italiano.
Ele, em italiano: Vá benne.


Na balada
- Oi você é de onde?
- São Paulo e você?
- Barcelona.
- E vc faz o que em SP?
- Sou jornalista e você?
- Astronauta.
- Oi??
- Te juro.

Após um show com uma vocalista estonteante, 3 amigos conversando
A1- Que mulher linda, pirei nela.
A2- Eu também, demais.. meu pensamento foi looonge.
A1- Nossa, o meu também! Fui até lá na frente para ver melhor. F e n o m e n a l.
A2- Bizarra, fazia tempo que nao via uma assim. Encantadora, que energia, uau, uau!
A3- Era um homem!!!!! hahahahahhaa.
A1 e A2 estão em recuperação até hoje.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu...

... mas logo logo eu me (re)acostumo.

Na semana passada foi meu aniversário! E eu sou totalmente apaixonada por aniversários. O meu, o de amigos, familiares, amigos de amigos. Enfim, é aniversário está valendo. Acho o clima bom, a energia positiva e o melhor motivo para juntar um monte de pessoas queridas no mesmo lugar. Isso sem falar nos presentes, nas comidas, bebidas etc... Ou seja, dia de euforia.

Para alguém tão envolvido com um dia que, para muitos, é só mais um ou até o pior de todos, a idéia de passar longe dos mais chegados e sem a possibilidade de fazer a tradicional comemoração caseira era, no mínimo, estranha. E, passada a data, posso dizer que estranho foi eu ter tido tal receio.

O meu aniversário à portuguesa foi demais (claro que pontuado de emoções, saudades e umas 17 lágrimas). Visitas inesperadas e fundamentais, dedicação total da minha marida, parceria incrível na(s) comemaração(ões) e a certeza - acompanhada de felicidade - que fiz grandes e verdadeiros amigos por aqui. E claro, a alegria incomparável de saber e perceber que a distância não é nada quando a ligação é forte.

Teve festinha caseira para não perder o costume, baladas pré e pós aniversário para virarem costume e ausência de amigos daí equilibrada pela presença de amigos daqui só para mudar o costume!

E esse texto é só pra isso mesmo, para agradecer pelos dias excelentes que eu tive, pela comemoração "não para, não para, não para não" e pelo reabastecimento de carga que me propiciaram. Os daqui, os daí e os de acolá.
Valeuuuu!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Eu visito, tu visitas, eles visitam.

Até esse final de semana que passou, eu só havia praticado as conjugações na segunda e terceira pessoa. Até que...

... esses últimos dias passei em Barcelona na companhia de uma super hiper mega ultra amiga. A expectativa foi grande, a ansiedade gigante e ambas superadas com louvor. Não tenho palavras para descrever a felicidade de reencontrar a Maricota!

Barcelona sem pontos turísticos e com praias, praças e risadas. Muuuuitas risadas. Calor de mil graus, escada de mil degraus, catalães comemorando a conquista espanhola do Euro - sim, eles comemoraram - e Sitges: estrutura de Paraty e recheio de São Francisco.

Lembranças de todos os amigos que fazem falta, dos novos que suprem tal falta e das amigas que só teriam tornado o momento mais especial.

Dias de conforto, sem dúvidas.
Engraçado como, às vezes, o diferente é justamente voltarmos ao trivial.

Enfim, um pouco de blog-diário-agenda! E pra ficar ainda mais adolescente, fotos:

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Só um bocadinho

Medos
Conhecer gente muito carente, amigos que ligam mais de 4 vezes por hora, pessoas que jogam calccio fiorentino, que dançam a dança do créu, que não bebem nada, que não comem nada, que não são nada. medo de virar qualquer uma dessas.

Vícios
Pra maioria, nada de novo. Pra mim, recém descobertos e explorados. E viciei.
Nneka (lê-se eneika) é nigeriana e Nouvelle Vague é francês mas podia ser brasileiro =)

Fixes
Eu não sou fã e nem gosto muito de conversar sobre esse assunto. Todos sabem, pra mim é só trabalho mesmo. Mas ontem, num jantar 100% publicitário, vi coisas bem legais de Cannes. Repeteco para uns, novidades pra mim hehe Sem análise profunda e sem julgamentos bom x ruim, inovador x cópia, fantasma x realidade. Só filmes ou bem engraçados ou muito bem produzidos ou geniais:



Cadbury


Walkman Sony




Skittles




Sylvania



Schweppes -
lindo!



Burger King -
gênio



Todos os premiados em Cannes aqui.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Procuro um desburocratizador. Pago bem.

Acordei e fui ao Poupa-tempo português, a famosa Loja do Cidadão, resolver a minha vida: regularizar minha conta de gás que esqueci de pagar e resultou no corte do mesmo, entender por que toda conta de luz tem dois valores e eu nunca sei qual pagar, abrir aCtividade para regularizar o pagamento do meu salário.

Primeira e segunda missões resolvidas com êxito e sem complicações. A terceira não resolvida e responsável pelo mau humor e a rinite que me acompanham hoje. Vale ressaltar: rinite eu tenho uma vez a cada mil anos e sempre é psicológica, claro!

Vejam:
Eu: Oi, eu preciso abrir aCtividade e queria saber do que preciso.
Ela: Oi, SÓ precisas do teu cartão de contribuinte e do teu cartão de residência. É super FÁCIL. Abrimos hoje mesmo e sais com tudo resolvido. E não precisas pagar nada para abrir.
Eu: Tá bom, ótimo. Eu tenho os 2 documentos aqui, mas provisórios. O cartão de ambos me disseram que chegariam em uma semana e faz mais de 4 meses que fiz e até hoje nada. Tudo bem serem os provisórios né?
Ela: Não. Não podemos fazer nada com os provisórios. Quando tiveres os cartões é só vires cá.
Eu: Olha, acho que vc não me entendeu. Eu já tenhos os dois documentos há tempos, mas não sei porque eles ainda não chegaram. Por sinal, uma vez que são VOCÊS quem emitem ambos, você sabe me dizer o motivo de não terem chegado e checar se está tudo ok?
Ela: Ah, estão tooooodos atrasados. Nem adianta eu olhar aqui, percebes? Porque o atraso é generalizado. Normalmente chega em uma semana, mas eles têm demorado meses agora, nem imaginas. Isso aqui está uma baderna. Juro-te pá! Vem gente todos os dias aqui perguntar-me isso. Foogo! Mas olha, não te preocupas com isso não... caso tenhas algum problema devido à falta desses documentos (!!!!!! só pode ser piada ou eu devo ter cara de palhaça!) é só vires cá os trazer que eu carimbo e prolongo a data de validade dos provisórios, aí eles servem pra tudo.
Eu (em estado catatônico, mas feliz que havia uma saída): Ah, que bom... ufa! Eu tenho eles aqui agora. Você pode carimbar pra mim então? E aí eu abro a aCtividade...
Ela: Claro, eu posso carimbar sim, mas para a aCtividade só os originais mesmo, percebes?. Não adianta nem o provisório carimbado. E como eu te disse, não tem nem previsão de chegada, sabes? Isso aqui está uma baderna.. Fooogo! Tu nem imaginas. Vem gente todo dia aqui ....

Levantei, falei obrigado quase de costas e fui embora. Sério, alguém entende essa lógica?
E não para por aí não. A Carol tenta tirar um número de contribuinte há 8 meses e fazer seguro do carro há 4. Eu demorei 3 semanas para ter um comprovante de residência e, em 9 meses, já fui mais vezes ao Poupa-tempo português do que ao brasileiro. E nós duas estamos longe de ter tudo resolvido.

Isso dá mau humor e sensação de auto-incopetência - quando na verdade você se mata para ter tudo mas é o sistema que não ajuda.

Enfim, alguém já desconfia de quem herdamos algumas coisas?!

Só um adendo fora do contexto mas que também irrita: as reuniões de trabalho daqui duram, em média, 4 horas. E até briefing de alteração de palavra é passado em reunião. Fiiixe!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

O lado cinza da vida

Não sei por que, mas eu sou uma pessoa de cor clara. Não referente às roupas que eu uso, à cor do meu carro, móveis etc. Em relação à pessoa mesmo. Tudo bem que meu cabelo e pele já bastariam para o entendimento dessa afirmação, mas aqui me refiro a coisas mais abrangentes: tipo espírito e o perispírito...seja lá o que isso for! E no que diz respeito a ambos, eu sou rosa claro ou azul bebê. Nasci assim.

Aí que a vida passa, o mundo gira e nossos relacionamentos se multiplicam. E no meio de toda essa multiplicação, o leque de cores das pessoas que conhecemos também aumenta. Tem gente verde, azul mais ecuro, gente roxa, gente vermelha, gente bege (um horror) e gente cinza.

E no meio de toda essa gente cinza, têm os cinzas com a vida, os cinzas com o trabalho mas rosas com a vida, os cinzas de coração, os cinzas que na verdade são brancos e os cinzas que já viraram pretos e nem perceberam. Eu só gosto dos cinzas que na verdade são brancos – ou misturados de outras cores - porque esses são cinzas com os detalhes, com as críticas, com certas pessoas... mas são coloridos de sentimentos e com a vida. E aí acho que o equilíbrio é bom, talvez até melhor que os tons pastéis.

Nos últimos dias, tive um convívio intenso com dois dessa espécie. Um cinza convicto e um cinza só às vezes convicto. Dois cinzas que nem sempre entendem o meu lado azul e que, como cinzas que são, por vezes até duvidam de tal. Dois cinzas que me divertem através do seu lado negro, dos seus pontos de vista cinzentos, das suas críticas multicoloridas e dos seus corações vermelhos.

Dois cinzas que, atualmente, são meu marido e minha mulher, meu pai e minha mãe, meu amigo e minha amiga. Meus super companheiros.

As pessoas que me fazem parar, pensar e perceber que o lado cinza da minha vida existe, que reprimí-lo pode ser ruim e que o excesso das cores claras cansa.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Ó céus, ó vida.

café ou toddy.
vitória ou sport.
sporting ou benfica.
rock ou samba.
casar ou bicicleta.
praia ou campo.
cerveja ou chopp.
chocolate ou dieta.
sol ou chuva.
ir ou ficar.
dormir ou sair.
pedir ou fazer.
cristiano ou ronaldo.
correr ou andar.
bater ou levar.
falar ou escutar.
amister ou marrocos.
sudoku ou cruzadinha.
gato ou cachorro.
vayo ou mac.
rio ou sampa.
dinheiro ou sossego.
normal ou light.
vai, escolhe logo. Sim ou Não?

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Meus rios

Nasci no Rio de Janeiro. Morei a vida toda em frente ao Rio Pinheiros. Vivo com o Rio Tejo.

O primeiro e o segundo, são mais familiares e similares. Sendo mto simplista e literalmente só pra ilustrar: no Brasil e com problemas.

O terceiro é a novidade e vamos a ele.

O Tejo é lindo. Quando mudei pra cá, conhecia meu ap. por fotos. Havia foto de tudo, menos da vista. Pra mim era batata: prédio colado a outro ou vista para pátio interno feio e sujo. Cheguei a noite. Malas no quarto, vista rápida pelos outros comodos e direto para a janela. Quando me apoiei, não pude acreditar. Eu via uma ponte linda, iluminada e com um cristo logo ao lado. Deslumbre, excitação. Dormi.

Acordei. Abri a porta do meu quarto e fui recepcionada por mta luz. Fui à janela e vi aquela que é a minha droguinha matinal até hj: as águas azuis, mto azuis do Tejo, com um sol absurdo refletindo. É ver pra crer... e claro, visitas são sempre mto bem-vindas!

Aqui é assim. O sol e a água fazem essa cidade. A impressão que eu tenho é que não é o Tejo que corta Lisboa, é Lisboa que se apoia no Tejo. Pq sem ele, isso aqui seria mto mais sem graça, pode apostar. Os mirantes são pra ele, os restaurantes são pra ele, as esplanadas, as janelas, as varandas, os sorrisos, as fotografias, as lembranças, os bares, as pontes, as baladas, o trem, os passeios. Tudo tudo tudo. E é tão lindo que não cansa. Pelo contrário, vicia.

E eu, como uma pessoa de sorte, sou obrigada a um convívio intenso. Em casa e no trabalho tudo o que vejo da janela é água. E no caminho de um para o outro também. No ônibus, de manhã, confesso que muitas vezes já sinto uma dorzinha quando penso que, provavelmente, um dia terei que abandoná-lo. Mas, melhor deixar o sofrimento para quando for inevitável e seguir vivendo no melhor estilo lisboeta: de pão com queijo, cerveja ou vinho, sol e Tejo.

E está feito o convite. Alguém quer passear?!!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Tomara!

Está dada a largada, que venha o verão.

Desde que pisei aqui, tudo que escuto é: Aaahh! O Verão... E é claro, a expectativa fica grande, não tem jeito. E ele demorou pra chegar. Era em maio, meio de maio, final de maio, começo de junho. E nada! As noites continuavam com 15 graus e os dias com tímidos 21, 22, 23. Tudo isso com uma boa dose de chuva. O que não choveu em 8 meses, choveu nos últimos 20 dias. E como isso é chato.

Mas os ditados populares não erram: antes tarde do que nunca, tarda mas não falha, quem espera sempre alcança, a sua hora há de chegar. E ela chegou. Um final de semana de sol, praia e cerveja. E excelentes companhias!

Passei a semana toda esperando o tão aguardado final de semana desejado há meses e sonhado há anos. Morar em cidade com praia é tabú há tempos por aqui.

Acordar, colocar biquini e chegar à praia em 15 minutos. Sem trânsito, sem stress, sem problemas. Praia com gente feliz, bonita e tranquila. Céu sem uma nuvem e mar com temperatura que permite um mergulho. Passar o sábado assim com 3 amigas é fantástico. Repetir a dose no domingo, é melhor ainda. E saber que amanhã tem mais pq é feriado, como diria a Ju, é surrealismo! E se lembrarmos que sexta tem outro então..

Ou seja, a vida vai bem! Além da praia, baladinhas excelentes. Sexta de bairro alto com variados encontros inesperados e felizes e sábado dançante, mto dançante. E pra deixar o que já estava mto bom pra lá de bom , acabei o final de semana com a confirmação da visita de uns e com a expectativa da volta de outros! E uns e outros mto especiais!

E assim foi e espero que assim seja. Que o verão tenha realmente chegado, que não seja mais uma pegadinha e o inverno volte a bater e que, dessa vez, o apressado come crú, as aparências enganam e o queimei a língua não se comprovem!

É, acordei feliz =D

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Basta uma gota

... de alegria pra sorrir, de tristeza pra chorar, de ciúmes pra explodir, de ácido pra pirar, de raiva pra bater, de gasolina pra andar, de vontade pra fazer, de música pra dançar, de decepção pra esquecer, de saudades pra doer, de bebida pra brindar, de sol pra alegrar, de perfume pra lembrar, de cândida pra manchar, de anis pra enjoar, de vergonha pra se arrepender, de café pra acordar, de amor pra suspirar, de trabalho pra cansar, de suor pra melar, de leite pra alimentar, de colírio pra arder, de trânsito pra irritar, de mar pra relaxar e de felicidade pra viver .

E pra transformar um dia cinza em rosa claro =)

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Sessão descarrego

É um pensamento muito estranho, muito doido, muito batido, muito presente. Quando se está longe das pessoas e não se tem notícia delas por um certo período de tempo, a impressão que dá é que “essas pessoas sem notícia” não existem. É como se fossem personagens de história infantil. A Cinderela existe, mas lá naquele filme. As pessoas de quem não se têm notícia existem, mas lá naquela memória. Agora, no presente, não.

No meio de tudo isso, tem uma coisa engraçada. As pessoas de quem não se têm notícia, mas quem têm Orkut (e usam, portanto suas fotinhos estão sempre perambulando por ali), existem. E bota existência nisso. O carnaval em Salvador, a briga com o namorado, o gatinho novo, o dia de mau humor, a tpm... está tudo ali. E vai ver é por isso que, pela primeira vez, virei assídua. Vai que eu tbm sumo, né?!

Mas voltemos às pessoas sem notícia. Faz 5 meses que estou fora do Brasil novamente. E nesses 5 meses foram muitas as pessoas que desapareceram.

É email sem resposta atrás de email sem resposta. Pergunta repetida atrás de pergunta de repetida. E aí? Como tá aí? Tá gostando? É legal?

Sim, é legal. E já faz 8 meses. E aqui está assim: eu acordo e tomo café-da-manhã pra uns e pequeno almoço pra outros. Pego 1 ônibus + 1 autocarro e chego ao trabalho. E ele vcs já conhecem, é uma agência. Passo o dia lá e mais tarde volto pra casa. Ou eu saio com amigos, ou eu me divirto com a Cartolina ou eu durmo. E no dia seguinte é tudo igual. Às sextas e sábados tem balada e/ou cerveja. Domingo é domingo. E eu to feliz e eu tenho dúvidas. Resumindo, nada de novo.

E lendo isso, parece que é chato, monótono e repetitivo. E não é. É o máximo, é demais, é fantástico. É minha vida.

E chata não é a vida, é o diálogo. E se for pra ser assim, valeu! Pq coisas pra dizer eu tenho, é vc quem não quer ouvir. E, pensando bem, agora eu cansei. De tentar, de esperar e de falar.

Parece piada, mas te juro que é verdade. Eu tenho até melhor amiga que não existe mais.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Eu e o Rock in Rio, em 3 momentos.

1. Já começa tudo errado. Rock IN Rio IN Lisboa.

Programação no mínimo duvidosa: Amy Whinehouse com Ivete Sangalo, Joss Stone com Tokio Hotel e por aí vai. Além disso, para mim, preço de ingresso que não vale o show e o perrengue. Ainda mais qdo lembro que são mais de 80 mil pessoas e que eu tenho muita dificuldade de ir ao banheiro em lugares públicos. E claro, com esse cenário, vou beber bastante.

De tudo que vinha, muito eu detestava e uma eu - e toda a torcida do flamengo- adorava: a Amy. Pensei, pensei, pensei e não comprei. Um show que não combina com um Rock in Rio, nem com a Ivete Sangalo como aquecimento e nem com a hipótese de uma grande desilusão powered by Cocaine, Alcohol e otras cositas más.

O show foi sexta passada. Confesso que no meio da tarde fiquei nervosa. As críticas à minha ausência no show eram muitas e vindas de vários lugares do mundo. E, pra pessoas inseguras, um prato cheio para tensão, nervosismo, ansiedade. Tudo potencializado por uma grande e querida amiga que estava aqui de passagem, ía ao show e fez propostas indecentes. Sms´s, ligações,msn, emails, sms´s, ligação, emails, msn, sms´s. Não fui! Ufa! Uma sexta tranquila, solitária – com a agradável surpresa da quebra da solidão com a chegada da amiga distante mais presente da temporada, Ju - e caseira. Era tudo o que eu queria e precisava.


2. No meio, tudo piora. Rock IN Rio IN Lisboa WITH Bon Jovi.

Não fui na sexta, não vi a Amy, não me arrependi. Ela estava rouca, zuada e feia. Coçou o peito, caiu, esqueceu. E eu me conheço, não sou do tipo que acha que vale tudo só pra ver alguém “do momento” e o legal é vê-la assim. Acharia um horror, uma pena, uma tristeza. E ainda ficaria achando que era o $$ mas mal gasto do ano e que já sabia antes que seria ruim e que eu não me ouvi e que eu sou influenciável... ou seja, pesadelo.

Mas fui no sábado. Skank, Alanis Morissete, Alejandro Sans e Bon Jovi. UAU! Eu não iria nisso por nada! Mas, e se for de graça, no dia do aniv. de uma super amiga que vc vê a cada 4 meses, sem fila e com muitas mordomias...Hmmm tá bom, eu vou. Confesso que fui mais por vergonha de não aceitar e parecer esnobe do que por vontade, curiosidade ou qq coisa. E digo: foi das minhas melhores noites em Lisboa!


3. E termina tudo uma maravilha.

A Alanis eu mal vi. O Alejandro Sans foi assim: eu fiquei o show inteiro pensando e comentando “nossa, ele está muuuuito diferente”, “como ele mudou”, “meu deusss, eu nao reconheceria ele na rua”. E qdo ele começou a cantar a única música que eu conhecia, tudo fez sentido. Até aquele momento, eu achava que ele era o Henrique Iglesias =D. E descobri que nunca o tinha visto até então.

O Bon Jovi foi o máximo. Cada vez que eu ouvia um mini-pedaço de qq “clássico” dele, eu lembrava que precisava beber mais. E qdo me falavam que ele continuava gato, mais ainda. Pelamordedeus, eu não achava ele nada aos 12, então não venham me convencer aos 24. E não é pq entendo de musica ou tenha bom gosto, é só pq não gosto mesmo. Mas te falo uma coisa, para mim, foi a noite da redenção do ressurgido das cinzas... O Bon Jovi me ajudou, e muito!

E não foi só ele não. Foram as pessoas mto queridas que conheci, as famosas que propiciaram uma super hiper mordomia e os flashes da noite , o Gin Tonica, o banheiro limpo e com papel, os mil parabéns cantados pra Ju, o porre... e o anonimato, tão brindado naquele sábado à noite.

O que era pra ser uma noite triste, dia do casamento do ano que devido à distância eu não estaria, se tornou das noites mais divertidas da temporada. E eu lembrei que é verdade que só cerveja dá sono , que Gin Tonica dá ressaca e que é fácil ser feliz =D

terça-feira, 3 de junho de 2008

Começando...

Tenho pensado muito em mim. Acho que mais do que já pensei nesses últimos 24 anos. Reflexo da distância, do silêncio e da calmaria. E tenho lido muitos blogs também. Reflexo do tempo livre, da explosão dos mesmos e do ingresso de mais amigos nessa prática.

No meio de todos os pensamentos, tem dois que têm me perseguido: a minha insegurança gigante e a necessidade de transpor tudo que me deixa insegura.

No meio de tantos blogs, surgiu uma idéia: voltar a escrever.

Uma volta para um lugar bem distante. Há tempos que daqui só saem briefings, emails e um tanto de coisas acadêmicas.

Desejo-me sorte!

Oi

Fiz um blog. Sem propósito, sem motivo, sem sentido e sem foco. Aparentes =)