quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Bicicletas, traumas e amigos

Mais uma vez confundindo blog com diário, vamos ao relato do domingo. Foi tão bom que quero contar =)

Antes, o contexto. Sempre fui um horror na arte da bicicleta. As minhas 2 memórias de infância com tal veículo são: acidente no Ibirapuera e meu pai ouvindo que era um irresponsável por me deixar andar no meio do público e eu entrando com a Ceci rosa na coluna e amassando a cestinha. E, na adolescência: meu irmão por 2 meses tentando me convencer a andar de bicileta pela cidade, eu explicando a minha dificuldade e negando o convite, o tira-teima no ibirapuera e a conclusão: fe, vc não sabe andar de bike, é isso.

Claro, nunca mais andei. E aí que no sábado surgiu o convite pro passeio no domingo. 14km de bike. Ir até uma praia linda e voltar. Estrada à beira mar e ciclovia. Desafio e medo. Mas tanto a praia como a estrada são xodós e achei que valia a pena. Topei.

Acordei domingo numa ressaca feia, mas totalmente disposta a driblá-la. As companhias eram as mais agradéveis, uma super amiga recém (re)descoberta e um casal em plena lua-de-mel moderna. Lá fomos nós.

Bicicletas alugadas, todos prontos, está dada a largada. Em um minuto todos à vontade e felizes. Eu bem, mas nervosa e tensa. Me isolei do grupo e decidi que ficaria por último e concentrada. Aí começaram as provas de fogo: eu na ciclovia pelo lado direito e uma outra bicicleta, pessoa ou patins vindo no sentido oposto. Caí. Caí com a primeira, a segunda, a terceira e a quarta pessoa que cruzou meu caminho. Mãos suadas e tremendo. E a bicicleta nao andava em linha reta por nada! Pensei em desistir, falei pro "grupo", fui ignorada. Teste final: uma pessoa de cada lado. Medo, concentração, passei!

E daí pra frente foi tudo uma crescente. Fiz mountain bike, andei na estrada com carros ao lado, ultrapassagens e até arrsiquei uma mão só - sem sucesso hehe

A sensação de fazer algo que não se faz há 10 anos e perceber que não só lembra como está ainda melhor na prática me fez um bem que vocês não imaginam. Pode parecer bobo, mas voltei do passeio refeita, renovada e muito feliz. Pela quebra da barreira, pelo mar com pôr-do-sol que nos acompanhou e pelos amigos que há um ano não existiam e que, naquele momento, foram a companhia ideal.

É bom perceber que as coisas mudam e, que por aqui, têm sido pra melhor!

2 comentários:

Mari disse...

adorei o texto e palmas pelo role.
fiquei orgulhosa!!!
beijos

Anônimo disse...

já tô vendo que eu vou acabar sendo o único ser humano da face da terra sem saber andar de bicicleta. Fechei um serviço com um cara, ele me pagou em permuta. Ganhei uma pit-bike (uma moto com tamanho de moto de criança e potência de moto de adulto). Ela parece ser tão, mas tão divertida que eu não tenho coragem de vender mas também não tenho coragem de tentar aprender a andar. O caos.

Perocco