terça-feira, 23 de setembro de 2008

Obrigadinha.

(bobo e piegas, mas de coração hehe)

Pensei em escrever sobre a sensação dos últimos dias, sobre tudo que passou na mente e no coração, sobre o ano em que vivi uma vida 100% minha e sobre a alegria misturada com estranheza de voltar a dividí-la com as pessoas que tanto amo. Pensei em nem escrever nada, porque sabia que não sairia bom - está tudo confuso por aqui ainda. Mas achei melhor escrever para agradecer.

Agradecer ao país, à cidade e, principalmente,às pessoas que me acolheram tão bem e me deram um dos melhors anos da minha vida. Vivi e fui feliz por completo e devo isso aos grandes amigos que fiz! Confesso que não imaginei que faria amigos de verdade a essa altura e julgava até não ser mais necessário. Que engano.

Com o coração ainda apertado, obrigadinha por todos os Bairros, Lux, risadas, cervejas, jantares, festivais, verão, conversas, visitas, presente!!, atenção, carinho e amor que vcs me deram. Foi um prazer e uma honra conhecê-los.

Resumindo: insano, animal e surreal =D Percebes?

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Sticky & Sweet Hard Candy

Sticky: sim, músicas chiclete.
Sweet Candy: sim, ela é linda.
Hard: sim, é preciso paciência.

Então tá, Madonna. Quando eu tinha 10 anos ela foi ao Brasil. Chorei, grite, esperniei, não fui. Não é pra você, filhota, vamos no do Micheal Jackson (ironias do destino, há!). Um pouco mais tarde descobri que o show em questão era o Erotica. Entendi minha ausência alí, mas fiquei com a pulga.

Não sou super fã, não escuto Madonna com frequência, não pegaria fila de mais de 2 horas para vê-la. Mas tenho aquela adoração de menina, acho ela o máximo e queria muito ir num show. E fui. Domingo passado, com mais 75 mil pessoas.

Minhas expectativas eram super estrutura e ótima produção x músicas não tão boas, Madonna meio cansada (diziam as más línguas). Foi tudo ao contrário.

O palco tinha 45cm de altura. É, Madonna está numa fase carência. Decidiu que, nessa turnê, ela queria sentir o calor do público e por isso tal palco. Eu li, se é verdade ou não, vai saber. Mas quem deixou ser assim, errou. O palco é afundado, impossível de ver. Isso porque o local do show é fantástico e famoso por sua geografia íngreme favorável. Enfim, passados 30 minutos do início eu ainda não havia visto a Madonna. Para completar o pacote, os telões eram precários e voavam com o vento. Trágico.

Anda pra cima, pra baixo, pro lado, sobe, sobe, sobe. Achei meu lugar. Já separada dos amigos comecei a assistir. E que surpresa. Set list envolvente, dançante, equilibrado e a Madonna que eu sempre imaginei. Se aquilo é cansaço e velhice, sei lá eu o que é vigor e preparo. E uma produção de palco inacreditável, mas totalmente ofuscada pela distância. Em um DVD, com certeza, é muito melhor. Numa comparação rápida e pobre, mas só pra ilustrar, posso dizer que Chemical Brothers aprenderam melhor que ela a impactar 70 mil com luz, imagens e efeitos. Com a Madonna era assim: se concentrar e prestar atenção no palco ou curtir e se deixar levar pela música. Pelo menos, tanto um quanto outro valiam a pena!

O resultado? Uma noite dançante, 24h de músicas da Madonna na cabeça e corpo se mexendo involuntariamente no ritmo e a conclusão de que, dessa vez, o show é pra ela e não para o público. Tanto que foi embora sem agradecer, sem aplausos e sem ninguém perceber. Game Over.

sábado, 13 de setembro de 2008

Plurais

Faz uma semana que virei motivo de gozação nacional e, considerando o país que vivo, pode ser preocupante. Por isso, divido com vocês minhas questões pra ver se alguém me ajuda. Tudo referente ao mesmo ponto, plurais. Vamos lá:

Quero comer aspargo ou quero comer aspargos?
Vocês têm saudades ou saudade?
Lixam o pé com pedra-pome ou pedra-pomes?

A dúvida é se estou com síndrome do Mussum ou se meu amigos têm dor na costa e não nas costas!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A tal da moda.

Juro que consigo imaginar a felicidade do gel e das cores fluorescentes de uns tempos pra cá. Eles, que tanto foram taxados de bregas, péssimos e símbolos daqueles anos tão cafonas, tiveram uma volta triunfal. Mais uma vez, o refrão "levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima" mostra toda sua veracidade. A moda é anos 80, minha gente. E a felicidade geral é do mousse, da cintura alta e da polaina!

Mudando a esfera mas não o assunto, temos também o tomate seco, coitado! Terapia é pouco pra se recuperar do trauma. Imaginem: você é a sensação por anos...na pizza, na salada, na entrada, no salgado, só dá você! Todos te amam e nem se lembram como viviam antes do seu aparecimento. Aí que, num golpe de sorte, o alho-poró vem e rouba toda sua clientela. Quiche de tomate seco? Nem pensar!! Tem de alho-poró? Fora o quanto de dinheiro que os produtores, enlatadores e revendedores devem ter perdido em estoques e mais estoques dessa iguaria tão demodê.

Na mesma linha, temos a soja e a kinua-real. Da miséria ao topo em tempo recorde. Às vezes me pergunto: o que veio antes? A soja ou o vegetariano? E a soja que se cuide, por que do jeito que a coisa anda, logo logo a kinua já disparou na sua frente. E no meio de tudo isso, aposto que até o alho-poró já começou a se preocupar. Vai que a endívia pega, né?

Com toda essa complexidade de vai e vens modísticos, fica difícil acompanhar. Saber se oncinha pode ou se petit poa cai melhor com o Ray-Ban do Bob Dylan (vermelho ou preto?) já dá trabalho. Escolher um prato no restaurante quando há atum com gergelim e risoto de endívia com lichía no cardápio, então, nem se fala. E não vamos nem lembrar das caipirinhas, saquerinhas, caipiroscas. Limão, lima e maracujá não bastavam? Pra que uva verde com pimenta-rosa? Só pra confundir?

Outro dia, no mercado, encontrei uma amiga na fila do caixa. Ela com Chá-verde e Citrinos e eu com Ice-tea de pêssego. Nunca me senti tão last-week.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Bicicletas, traumas e amigos

Mais uma vez confundindo blog com diário, vamos ao relato do domingo. Foi tão bom que quero contar =)

Antes, o contexto. Sempre fui um horror na arte da bicicleta. As minhas 2 memórias de infância com tal veículo são: acidente no Ibirapuera e meu pai ouvindo que era um irresponsável por me deixar andar no meio do público e eu entrando com a Ceci rosa na coluna e amassando a cestinha. E, na adolescência: meu irmão por 2 meses tentando me convencer a andar de bicileta pela cidade, eu explicando a minha dificuldade e negando o convite, o tira-teima no ibirapuera e a conclusão: fe, vc não sabe andar de bike, é isso.

Claro, nunca mais andei. E aí que no sábado surgiu o convite pro passeio no domingo. 14km de bike. Ir até uma praia linda e voltar. Estrada à beira mar e ciclovia. Desafio e medo. Mas tanto a praia como a estrada são xodós e achei que valia a pena. Topei.

Acordei domingo numa ressaca feia, mas totalmente disposta a driblá-la. As companhias eram as mais agradéveis, uma super amiga recém (re)descoberta e um casal em plena lua-de-mel moderna. Lá fomos nós.

Bicicletas alugadas, todos prontos, está dada a largada. Em um minuto todos à vontade e felizes. Eu bem, mas nervosa e tensa. Me isolei do grupo e decidi que ficaria por último e concentrada. Aí começaram as provas de fogo: eu na ciclovia pelo lado direito e uma outra bicicleta, pessoa ou patins vindo no sentido oposto. Caí. Caí com a primeira, a segunda, a terceira e a quarta pessoa que cruzou meu caminho. Mãos suadas e tremendo. E a bicicleta nao andava em linha reta por nada! Pensei em desistir, falei pro "grupo", fui ignorada. Teste final: uma pessoa de cada lado. Medo, concentração, passei!

E daí pra frente foi tudo uma crescente. Fiz mountain bike, andei na estrada com carros ao lado, ultrapassagens e até arrsiquei uma mão só - sem sucesso hehe

A sensação de fazer algo que não se faz há 10 anos e perceber que não só lembra como está ainda melhor na prática me fez um bem que vocês não imaginam. Pode parecer bobo, mas voltei do passeio refeita, renovada e muito feliz. Pela quebra da barreira, pelo mar com pôr-do-sol que nos acompanhou e pelos amigos que há um ano não existiam e que, naquele momento, foram a companhia ideal.

É bom perceber que as coisas mudam e, que por aqui, têm sido pra melhor!