sábado, 11 de julho de 2009

Do meu baú.

Lendo esse texto ( "O amor acontece" da Adriana Falcão, infelizmente apenas para assinantes do Estadão), que falava sobre esse outro, lembrei desse aqui:


O Peso do Coração

1
O coração tem o peso da conversa que não aconteceu, do chopp que esquentou, do carinho reprimido, do telefone que não tocou, das flores que nunca chegaram, da palavra que faltou, do programa adiado, da ausência inesperada, do abraço vazio, dos beijos técnicos, do silêncio na cama, do silêncio na sala, do silêncio no carro, do choro engolido, do sorriso escondido, do sentimento comprimido, da euforia abafada, da tristeza disfarçada, do medo sufocado.

Das viagens, dos sorvetes, dos vinhos, dos bares, dos sussurros, das gargalhadas, das mãos dadas, do toque, do tato, do cheiro, do beijo, do sexo, da pele. Dos olhares trocados, dos sonhos partilhados, do futuro traçado, da vida vivida, do amor que passou.


2
E vem o dia e vem a noite,
A Lua cresce, enche e mingua,
A maré sobe e a chuva cai,
E vem o sol.

E o coração é leve.


segunda-feira, 22 de junho de 2009

9 meses.

Uma gestação ou o período que estou de volta. Ou Ambos. Ontem à noite, deitada em minha cama, parí algumas coisas.

Parí a saudades de uma vida que já parece longínqua, mas que continua viva, feliz e pulsando dentro de mim. Da amiga que se tornou indispensável, dos amigos que foram ideais, do céu azul da cidade mais linda. Das férias falsas, mas ótimas.

Parí o amor que nunca foi tão puro e tão forte. O amor lindo e feliz que se concretiza em paredes rosas e roxas, rede verde e naquele abraço.

Parí a culpa. Ou melhor, o perdão. Botei pra fora o sentimento que sufoca, que machuca por não ter feito isso, não ter ido lá, não ter ligado pra ela, não ter falado com ele. E comecei a entender como é a vida mais leve.

Em outras (e poucas) palavras:

Saudades todos os dias;
Te amo todas as horas;
Me perdoo a cada momento;
Vivo cada minuto.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Os tempos mudaram...

... e o amor continua o mesmo.

Ele chora e eu não. Sem motivo aparente, sem qualquer lógica, sem nenhuma explicação. Talvez uns florais e só.

O que era entendido como alegria e felicidade misturado a, talvez, uma certa insegurança, foi diagnosticado depressão. Sem motivo aparente, com alguma lógica e com muita explicação. Talvez eu entenda, ou não.

O silêncio virou conversa, o conflito virou construção. Simples assim.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Exercício do dia: completando pensamentos!

Amigos de faculdade, 5 anos depois de formados. Todos conversam numa mesa de bar. E todos se arrependem da faculdade que fizeram. A conclusão é que não rendeu nada de bom à nenhum.

Ninguém pensa que, se não tivessem feito a faculdade, não estariam alí. Não seriam melhores amigos e nem teriam conhecido pessoas tão vitais nas suas vidas.

Amigos de trabalho, jantando num super restaurante. Entrada, prato principal, vinho, água e tudo mais. Só reclamação. O trabalho é péssimo, suga, mal trata, não respeita. No meio, alguns contam das últimas viagens e dos brinquedinhos recém comprados. Depois o foco volta: reclamação e mais reclamação.

Ninguém pensa que, se não fosse o pior de todos os trabalhos do mundo, o jantar não estaria sendo naquele restaurante, as férias não teriam sido na Europa e os brinquedinhos não seriam o carro e o video game do ano.

Adolescentes jogam conversa fora em plena praia da Baleia, férias de verão. As filosofias baratas proclamam um futuro livre: ninguém quer escritório, ninguém quer terno e gravata, ninguém quer horário. E o pensamento termina na crítica máxima aos que aderem ao sistema, aos acomodados e conformados que perdem suas vidas em escritórios com ar-condicionado.

Nenhum lembra que seus pais são exatamente isso. E que só estão nessas férias i-ra-das na Baleia, com baladas in-sa-nas no Sirena porque a mesada gorda vem todo mês e porque os babacas de terno em escritórios de ar-condicionado podem propociornar esses e outros confortos.

Conselho Nacional de Justiça, pleno recesso de final ano. É proclamada uma decisão que permite a funcionários do Judiciário que também trabalham em outros órgãos públicos, nas áreas de saúde ou educação, ganharem acima do teto salarial (R$ 24.500,00). A OAB anuncia que pretende recorrer ao Supremo Tribunal Federal contra o fim do teto alegando, entre outros motivos, a bola de neve de aumentos e mais gastos com a folha de pagamento que tal medida pode provocar.

O Conselho Nacional de Justiça admite que não levou em consideração o impacto financeiro. “Essa questão da avaliação da repercussão financeira não foi levada em conta na decisão do conselho, porque ele se pautou nas normas constitucionais”, disse Álvaro Ciarlini, secretário geral do CNJ.

Preciso concluir?

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Em 2009...

... mau-humorados de plantão, estressados que buzinam antes do sinal abrir, chatos que reclamam de tudo, bobos que fazem exatamente o que criticam, perdidos que não fazem nada, acomodados que só observam a vida passar, amigos sumidos, amigos presentes, felizes com a vida e da vida, eles, elas, você e eu: façamos, vamos amar!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Saudades

Acho que foi das coisas mais treinadas por aqui nos últimos tempos. Tive saudades de todos, saudades de cidades e saudades até de mim. Mas confesso que teve e tem uma que não vejo a hora de matar.

Saudades do meu pontinho de luz mais lindo, da minha gotinha da felicidade - que sim, influenciou muito o nome desse blog - da menininha fofa que eu tanto amo. Saudades da Gabinha.

Não quero mais falar por msn, nem email nem nada. Vontade de encontrar e só. Abraçar, apertar, esmagar e lembrar o quanto é bom te ter por perto.

Chega logo, porque já cansei de brincar de ficar longe, incompleta e sem você!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

E aí, tudo bem?

Não bastassem todos os paulistanos entre 22 e 40 anos respondendo compulsivamente que estão "na correria, mas tá tudo bem", chega o final de ano para tornar o sofrimento ainda maior.

Agora não é só a correria, é a correria de final de ano. O que é isso? Só hoje ouvi de 4 pessoas. Por tabela, fiquei cansada!

O final de ano está aí e NADA mudou. Ok, uns presentes de natal a mais e talvez uns amigos secretos aqui e outros acolá que, convenhamos, podem ser evitados. E comprar presentes deveria ser uma dedicação prazerosa. Mas, do jeito que a coisa está, dá até medo de receber de certas pessoas só de imaginar a carga negativa e todo o sofrimento que adiquirir a lembrancinhajáqueécrise causou.

Meu deus. Que bode! Vamos parar de reclamar?

Se está corrido, não participe de amigos secretos que você vai pra odiar, falte no aniversário do amigo que você não gosta muito mas tem que ir, evite a cerveja a mais que vai te dar ressaca amanhã e não perca seu tempo falando o que não deve. Feliz fim de ano =)