quinta-feira, 31 de julho de 2008

Preparada!?!

E aí que um dia a gente acorda e tudo mudou. A impressão é que viraram a chavinha sem te avisar. Tudo que você esperava e achava que ia acontecer e sentir, de repente, já virou realidade.

Até então, eu imaginava que ia ser assim. Agora já sei que é e parece certo que assim será. E o assim do momento é a repetição do assim de um tempo atrás. O assim da partida, da chegada, da despedida e do reencontro. Igual, mas completamente diferente. Voltar pro conhecido é bem diferente do que partir pro novo. E mais diferente ainda é começar a pensar que o conhecido será novo e que o que era novo agora é rotina. Em tão pouco(?) tempo.

A confiança, a euforia, a felicidade e a vontade de seguir com a vida do lado de lá versus a dor de perder o que se vive do lado de cá. Mas até aí, nada de novo. Que quem escolhe A sempre perde B, aprendi há tempos.

Um bando de idéias jogadas e confusas. Algumas com fundamento e outras nem tanto. Sem crise e sem perder muito tempo com isso. Afinal, tá sobrando vida, praia e festival aqui fora. É só pra dizer que é assim que eu me sinto desde ontem a noite quando, sem querer, alguém virou minha chave e deu a partida. Na verdade, acho que ainda nem sinto, só comecei a pensar mesmo. E deu vontade de contar =)

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Oi, tudo bem? Tudo Optimus! Ou melhor, Sines.

Quando digo por aqui que em São Paulo não existem festivais como em Portugal, o espanto é geral. De início alguns duvidam, me olham ressabiados e, após uns 15 minutos de conversas, explicações e exemplos, entendem que sim, Portugal apavora São Paulo e o Brasil nesse quesito.

Bom, por coincidências da vida, sorte do destino e a benção que me acompanha ultimamente, vou poder me dedicar aos mesmos. Serão 4 quase seguidos. E já comecei. A programação será intensa, a saúde perfeita no final não está garantida e a empolgação continua enorme.

O primeiro de todos foi o Optimus Alive. Festival de 3 dias aqui em Lisboa mesmo, com idas e vindas tranquilas de trem ou táxi e shows, ou como dizem por aqui, concertos incríveis. Devido à ajuda do Dani que entende mil vezes mais de música do que eu, tive o privilégio de ver algumas apresentações que ficarão guardadas pra sempre e que entraram pra lista dos top mundo! Roisin Murphy e Gossip mudaram alguma coisa dentro de mim e me fizeram dançar e pular como nunca tinha feito na vida. Gogol Bordello me deu vontade de rever num concerto menor, MGMT e Peaches foram ótimas surpresas e por aí vai...

Passado o Optimus, que foi há uns 15 dias, o próximo da lista era o Festival de Músicas do Mundo de Sines. Foi de lá que cheguei ontem esgotada fisicamente, mas totalmente renovada. O festival dura uma semana e ocorre em mais de um local, mas aqui vou falar só do que vi: os dois últimos dias em Sines!

Fui pra lá na sexta a noite, sem fazer idéia do que me aguardava. Só sabia que era pra ouvir música diferente e de qualidade, que não havia parque de campismo nem hotel e nem pousada e que, o colchão inflável que acabara de comprar, já seria suficiente para eu ser feliz e dormir. Um tanto estranho e muito roots para mim, mas vamos que vamos.

Chegamos, estacionamos o carro e fomos pro festival. Tudo ocorre em 2 lugares: o Castelo e a Av. da Praia. O castelo é medieval e murado e os concertos acontecem ao ar livre dentro das muralhas. Lindo! Quando acabam os concertos do castelo, por volta das 2h, todos descem em direção à praia por uma ladeira que tem um visual incrível da baía iluminada e da avenida já cheia de espectadores para as próximas atrações da noite. E lá ocorrem mais 2 ou 3 shows gratuitos até as 4h/5h da manhã.

E assim foi a noite de sexta que se repetiu no sábado. Durante o dia, praia, praia e mais praia. Com direito a água quente em uma delas devido à uma turbina que provoca o tal aquecimento. Para quem tem palpitaçao no coração a cada mergulho nos últimos meses devido ao grau 0 de temperatura, foi quase uma ida ao Caribe!

O ambiente é hippie e civilizado.Tá com sono? Acha uma sombra, deita e dorme. A energia do lugar especial e a experiência foi fenomenal. De tudo que vi, alguns nomes que marcaram e que valem a pena conferir: Rokia Traore, Firewater, Nortec Collective, Doran - Stucky - Studer - Tacuma (coletivo, mas vale a pena ver o trabalho de cada um), Jean-Paul Bourelly meets Melvin Gibbs & Will Calhoun (o comentário sobre o coletivo anterior vale aqui também) e Boom Pam.

E termino dizendo
- que pensei em certas pessoas compulsivamente pois estas estariam amando aquilo tudo como eu,
- que o público português é fantástico para concertos,
- que não poderia ter tido melhores companhias,
- que a moda é misturar música cigana com circo e que isso vira marchina de carnaval
- que continuo cansada =D

E que faria tudo novo! Mesmo sem casa, comida e roupa lavada =D

domingo, 20 de julho de 2008

E volta tudo ao começo.

Há um tempo que tenho reparado que caí num ciclo - ou que a vida é um ciclo, ou que a minha vida ESTÁ um ciclo. E o ciclo é bem básico e talvez nada inovador, mas é verdade que só agora reparei. Entrei numa coisa altos e baixos doida, onde o bom é o máximo, o ruim é o pior e o médio é bem escasso. E eles vem sempre na mesma ordem. Bom, bom,bom, bom, boooooom, ruim, ruim, ruim, ruim. Médio. E volta tudo ao começo. Estou começando a cansar.

Até ontem a noite achava bom, de madrugada ficou médio e acordei um pouco ruim. Com saudades do tempo que bom era todo dia, ruim e máximo eram às vezes, e médio era o resto do tempo. Saudades de entender o ontem e o hoje e projetar o futuro. Saudades de saber quem eu sou, quem é você e o que mesmo estamos fazendo aqui?

É nessas horas que lembro que a mesma indagação foi feita, pela primeira vez, numa noite em Guarapari, aos 6 anos, chorando após participar de uma roda de conversa de "amigos" de 14 anos. E volta tudo ao começo.

A sensação é boa, parece que entendi que pular de pára-quedas é o máximo, mas caminhar na praia é mais gostoso =D

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Da série "te juro que é verdade"

Na sala de aula
Ela: Acabei meu namoro.
Eu: Ah é, por quê?
Ela: Ele me mandou um scrap falando "queria ir ao cinema com tigo" - separado! Foi a gota d'água. Sério.


Na rua, um italiano chato aborda eu e uma amiga
Ele, em italiano: São da onde?
Amiga, em português: da Turquia.
Ele, em italiano: Nossa, que legal. Qual cidade?
Amiga, em português: Istambúl.
Ele, em italiano para mim: E você não fala por quê?
Eu, em português: Porque só falo turco, não falo italiano.
Ele, em italiano: Vá benne.


Na balada
- Oi você é de onde?
- São Paulo e você?
- Barcelona.
- E vc faz o que em SP?
- Sou jornalista e você?
- Astronauta.
- Oi??
- Te juro.

Após um show com uma vocalista estonteante, 3 amigos conversando
A1- Que mulher linda, pirei nela.
A2- Eu também, demais.. meu pensamento foi looonge.
A1- Nossa, o meu também! Fui até lá na frente para ver melhor. F e n o m e n a l.
A2- Bizarra, fazia tempo que nao via uma assim. Encantadora, que energia, uau, uau!
A3- Era um homem!!!!! hahahahahhaa.
A1 e A2 estão em recuperação até hoje.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu...

... mas logo logo eu me (re)acostumo.

Na semana passada foi meu aniversário! E eu sou totalmente apaixonada por aniversários. O meu, o de amigos, familiares, amigos de amigos. Enfim, é aniversário está valendo. Acho o clima bom, a energia positiva e o melhor motivo para juntar um monte de pessoas queridas no mesmo lugar. Isso sem falar nos presentes, nas comidas, bebidas etc... Ou seja, dia de euforia.

Para alguém tão envolvido com um dia que, para muitos, é só mais um ou até o pior de todos, a idéia de passar longe dos mais chegados e sem a possibilidade de fazer a tradicional comemoração caseira era, no mínimo, estranha. E, passada a data, posso dizer que estranho foi eu ter tido tal receio.

O meu aniversário à portuguesa foi demais (claro que pontuado de emoções, saudades e umas 17 lágrimas). Visitas inesperadas e fundamentais, dedicação total da minha marida, parceria incrível na(s) comemaração(ões) e a certeza - acompanhada de felicidade - que fiz grandes e verdadeiros amigos por aqui. E claro, a alegria incomparável de saber e perceber que a distância não é nada quando a ligação é forte.

Teve festinha caseira para não perder o costume, baladas pré e pós aniversário para virarem costume e ausência de amigos daí equilibrada pela presença de amigos daqui só para mudar o costume!

E esse texto é só pra isso mesmo, para agradecer pelos dias excelentes que eu tive, pela comemoração "não para, não para, não para não" e pelo reabastecimento de carga que me propiciaram. Os daqui, os daí e os de acolá.
Valeuuuu!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Eu visito, tu visitas, eles visitam.

Até esse final de semana que passou, eu só havia praticado as conjugações na segunda e terceira pessoa. Até que...

... esses últimos dias passei em Barcelona na companhia de uma super hiper mega ultra amiga. A expectativa foi grande, a ansiedade gigante e ambas superadas com louvor. Não tenho palavras para descrever a felicidade de reencontrar a Maricota!

Barcelona sem pontos turísticos e com praias, praças e risadas. Muuuuitas risadas. Calor de mil graus, escada de mil degraus, catalães comemorando a conquista espanhola do Euro - sim, eles comemoraram - e Sitges: estrutura de Paraty e recheio de São Francisco.

Lembranças de todos os amigos que fazem falta, dos novos que suprem tal falta e das amigas que só teriam tornado o momento mais especial.

Dias de conforto, sem dúvidas.
Engraçado como, às vezes, o diferente é justamente voltarmos ao trivial.

Enfim, um pouco de blog-diário-agenda! E pra ficar ainda mais adolescente, fotos: