terça-feira, 26 de agosto de 2008

Eu e as plantas.

Tudo começou quando dei uma pimenteira linda, grande e forte de presente pra (casa) do meu namorado. Há uns 2 anos. Na época, carregada de pimentas brancas que ficaram vermelhas e viraram molho. Após dar cria, os sinais de fraqueza. O que era grande, lindo e forte passou a ser fraco, sem folhas e com cara de triste. E eu já estava apaixonada.

Dei meu máximo. Carinho, atenção, pesquisas na internet, dicas de jardineiros. Tudo para vê-la feliz novamente. Até que, um belo dia, podei. Com a poda, veio a derrocada final. Um ano sem folhas, galhos secos, mas uma vontade de viver que vinha não sei da onde. Até pra viagem de Ano Novo ela foi. Enfim, continua em recuperação e dizem por aí que logo logo volta a dar frutos.
Mal sabe ela que eu estou voltando, perigo a vista =D

Se a recuperação da Plantinha foi difícil, não pensem que a minha foi fácil. A culpa de ter induzido ao coma a responsável pela descoberta do meu amor à espécie vegetal me acompanhou por um longo período e ainda me assombra. Para ser mais exata, só deixou de ser fardo e passou a ser sombra quando comprei a Plantinha dois.

Cenário totalmente diferente. Primeira casa e primeira planta.
Linda, linda, linda. Um Ficus bebê.
Cuidei dela com todo o afinco. Era a minha chance de redenção. Doenças, remédios, fraquezas. E eu sempre contornando as dificuldades com louvor. Sim sim, eu estava a caminho da redenção plena e absoluta.

E foi aí que tudou mudou. Quando ela já era consolidada como linda, forte e feliz e a minha maior preocupação era pensar na hora do adeus, decidir o seu futuro e sofrer por antecipação por saber que ela seria portuguesa e eu voltaria a ser brasileira, o sumiço.

Sim! Ela sumiu. Acabou com a possibilidade da dor, me forçou a começar a treinar o desapego e de um jeito ou de outro, aliviou meu coração - uma despedi da a menos pra depois.

Tarde bonita. Ela na janela tomando seu banho de sol. Vou à cozinha e quando volto.. cadê?
Pânico, desespero. Olho lá pra baixo, nada!
Desço. Converso com um, com outro. Ninguém viu, ninguém ouviu. Sumiu.

Restaram eu, o vaso vazio e a estranha sensação de dever cumprido misturado com falhei de novo.

Tenho mais 3 aqui em casa. Lindas, fortes e saudáveis. Com pedigree e vacinadas.
Mas, antes que eu volte a atacar e venha o fardo, alguém adota?

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Fazer o que né?

Tem dia que a vontade entra de férias, o ânimo dorme e a ânsia de viver descansa. E é nesse dia que a preguiça vem, a cabeça roda, corre, anda e não sai do lugar e o bocejo é contínuo e repetitivo.
Pode ser quebrante, sabia?
Mas também pode ser tristeza sem nome, coisas de menina mimada ou saudades.

Falando em tristeza sem nome, outro dia me disseram que nostalgia sem nome + sonhos de queda em escadas/buracos escuros e sem fim + sonhos onde voamos siginifica que somos Et's.
Pode ser loucura, sabia?
Mas também pode ser ufologia, palestra ou tendência.

Desviei do foco. Do dia que a calmaria invade, o cérebro paralisa e o coração dança, sonha e pesa.
Pode ser ansiedade, sabia?
Mas também pode ser ressaca, cansaço ou nada além de bode.

E ainda bem que tudo que vem, vai e que esse dia foi ontem.

domingo, 24 de agosto de 2008

Dá pra ser mais fácil.

Podia contar das últimas semanas, dos festivais e toda a sua sujeira, dos shows excelentes ou das praias descobertas, mas isso fica pra depois. Falarei de pessoas. Na tentativa de melhorar o engasgo e parar de pensar nisso.

Com certeza, de tudo que aconteceu ultimamente, uma das principais mudanças foi o aumento do número de pessoas que convivo. Novos grandes amigos, novos colegas, novos amigos de uma noite, de uma carona, de um jantar. E nessas, de um jeito ou de outro, cheguei a algumas conclusões. Vamos a uma.

Sabe gente que você não consegue conversar? Que aí parece chata? Sem assunto? Pois é, concluí que em vários casos é tudo a mesma coisa e que o ponto chave da questão é um(?) só: querer ter sempre razão, olhar pro próprio umbigo e achar ele o mais bonito da roda, dar a última palavra. E quem sabe, com sorte, ainda cavar uma discussãozinha pra ganhar no final.

Se não ficou claro, ilustro com um diálogo verídico:

Ela: Nossa, esse ano foi duro pra mim porque comecei a trabalhar e até então era só estudante.
Eu (dando continuidade à conversa): poxa, nem me fala.. a transição é complicada mesmo.. horários, outro tipo de responsabilidade, passar a viver de salário.
Ela (se revelando uma indecisa): Mas sabia que pra mim nem foi difícil? Porque meu último ano de faculdade já era quase trabalho e blablabla.

Pera, pera, pera. Pára tudo. Você diz que foi duro, eu concordo e você diz que foi fácil? A brincadeira é fazer que eu pense que eu sou louca porque eu concordo com você e depois você discorda de você? Aí sou eu que fico confusa e sem assunto? Afinal, pensem comigo: a partir de agora, ou eu concordo com você e discordo de mim (lembrem-se, eu acabei de falar o contrário) ou a gente briga né? Porque eu vou falar que você acabou de dizer o contrário e você já vai retrucar, aumentando a voz, que eu quero discutir. Ponto pra você, ganhou de novo!

Sério, minha paciência pra esse tipo de não-diálogo, não-conversa, sim-monólogo está no final. Porque é claro que quem discorda de si próprio é o mesmo que fala por horas sobre a reforma da piscina da sua casa. Afinal, seu umbigo é mais bonito que o meu e é óbvio que me interessa saber disso.

Juro, gente, dá pra ser mais fácil.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Devo e não nego, pago quando puder.

Blog desatualizado é péssimo e irritante. Internet é sinônimo de atualização e atualidade e aí, quando remamos contra essa realidade, saímos da linha e perdemos o foco. Foi mais ou menos o que aconteceu por aqui.

O motivo é simples. Sacam "dar um passo maior que a perna"? Pois é. Resolvi fazer tudo e mais um pouco em menos de um mês e faltou tempo, ânimo e vontade de escrever. O pouco tempo em frente ao computador resumiu-se a conversas pelo msn com os que fazem muita falta, emails e notícias. Resultado, um blog desatualizado (que é péssimo e irritante).

Mas estou na reta final do desgaste e em poucos dias estou de volta. Talvez um pouco ácida, com certeza muito cansada e sem dúvida alguma mais realizada.

Enfim, é isso. Texto nada elaborado, com sabor de prestação de contas e disfarçado de desculpas =D